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19 abril 2010
Em homenagem ao mártir
Cavaleiros e amazonas prestam seus respeitos a Tiradentes em momento de emoção durante a 6ª Cavalgada da Inconfidência, que leva o fogo simbólico de Carrancas a Ouro Preto
Foto de Cláudio Xavier
Entre Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco participantes passam por locais que viram desenrolar fatos importantes da história mineira, numa grande aventura cívica
Em maio de 1792, oficiais da Coroa Portuguesa pararam diante de uma grande gameleira situada no leito da Estrada Real, num local chamado Varginha do Lourenço, próximo de onde hoje se situa o limite dos municípios de Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco, e ali deixaram uma parte do corpo esquartejado de Tiradentes, bem perto de uma estalagem onde os inconfidentes se encontravam para conspirar. Era um recado claro: qualquer tentativa dos brasileiros de se livrar do domínio português seria punida de forma bruta e impiedosa.
Ontem, em frente à gameleira, onde há um monumento com escultura, que lembra esta passagem da história do Brasil e de Minas Gerais, mais de 100 cavaleiros e amazonas participantes da 6ª Cavalgada da Inconfidência Mineira na Estrada Real se reuniram para homenagear o mártir da conspiração. Mesmo demonstrando o cansaço resultante de uma jornada que começou segunda-feira, em Carrancas, todos se emocionaram ao ouvir o Hino Nacional e os pronunciamentos que ressaltavam os ideais da Inconfidência.
Entre os presentes, na primeira fila dos cavaleiros, segurando o chapéu com uma mão e as rédeas com a outra, estava o aposentado Geraldo Magela, de 72 anos, que participa da cavalgada pelo segundo ano consecutivo e, diferentemente de outros ginetes que preferem fazer apenas parte do percurso, vai percorrer todos os 285 quilômetros que separam Carrancas de Ouro Preto. "Só há uma palavra para explicar o que sinto, é emoção", disse Geraldo, enquanto acariciava as crinas do cavalo Palafrém, um animal de sete anos, que ele cria com todo o carinho e que se torna seu companheiro de aventuras na época da cavalgada. "É meu único animal", concluiu, orgulhoso.
Assim como Geraldo, mais de 500 cavaleiros têm se revezado nesta aventura cívica que só se encerra dia 21, quando o fogo simbólico da Inconfidência Mineira, trazido desde Carrancas, for entregue ao governador Antonio Augusto Anastasia, em Ouro Preto. Será o fim de uma jornada que ocorre desde 2005 e, a cada ano, desperta um interesse cada vez maior e aumenta de importância.
"Em 2011, se tudo correr bem, vamos fazer o percurso completo da Estrada Real, saindo de Paraty, no Rio de Janeiro, e chegando a Ouro Preto", informa Hélio Agostinho Campos, vice-presidente do Clube do Cavalo de Conselheiro Lafaiete e um dos maiores entusiastas da iniciativa. "Estamos criando a Associação dos Clubes de Cavalo da Estrada Real justamente para concretizar essa ideia”, explica.
O sucesso da cavalgada, segundo o major PM José César de Paula, se deve ao fato de a região de Conselheiro Lafaiete ser um berço de criação de cavalos da raça campolina no país e ao forte senso de civismo da população local. Um dos organizadores do evento e sócio do Clube do Cavalo de Lafaiete, o militar trocou a folga no fim de semana pela cavalgada e, a todo momento, orientava e incentivava os participantes. “Por causa do trabalho, não posso fazer todo o trajeto, mas não tenho como abrir mão de participar desse evento, que mistura civismo, cultura e turismo.”
O major lembrou que a Cavalgada da Inconfidência surgiu depois que a cerimônia de transporte do fogo simbólico, que era feita por integrantes da Polícia Militar, que percorriam a pé um trecho da Estrada Real, foi extinta pelo governo do Estado, como forma de conter custos, em 2004. “Fizemos a primeira em 2005 e, de lá para cá, o esforço conjunto para viabilizar a cavalgada só tem aumentado. As prefeituras, os clubes de cavalo dos municípios por onde passamos, o governo de Minas e a Polícia Militar, que nos dá todo o apoio logístico, todos se unem e o resultado aí está.”
Ontem, em frente à gameleira, onde há um monumento com escultura, que lembra esta passagem da história do Brasil e de Minas Gerais, mais de 100 cavaleiros e amazonas participantes da 6ª Cavalgada da Inconfidência Mineira na Estrada Real se reuniram para homenagear o mártir da conspiração. Mesmo demonstrando o cansaço resultante de uma jornada que começou segunda-feira, em Carrancas, todos se emocionaram ao ouvir o Hino Nacional e os pronunciamentos que ressaltavam os ideais da Inconfidência.
Entre os presentes, na primeira fila dos cavaleiros, segurando o chapéu com uma mão e as rédeas com a outra, estava o aposentado Geraldo Magela, de 72 anos, que participa da cavalgada pelo segundo ano consecutivo e, diferentemente de outros ginetes que preferem fazer apenas parte do percurso, vai percorrer todos os 285 quilômetros que separam Carrancas de Ouro Preto. "Só há uma palavra para explicar o que sinto, é emoção", disse Geraldo, enquanto acariciava as crinas do cavalo Palafrém, um animal de sete anos, que ele cria com todo o carinho e que se torna seu companheiro de aventuras na época da cavalgada. "É meu único animal", concluiu, orgulhoso.
Assim como Geraldo, mais de 500 cavaleiros têm se revezado nesta aventura cívica que só se encerra dia 21, quando o fogo simbólico da Inconfidência Mineira, trazido desde Carrancas, for entregue ao governador Antonio Augusto Anastasia, em Ouro Preto. Será o fim de uma jornada que ocorre desde 2005 e, a cada ano, desperta um interesse cada vez maior e aumenta de importância.
"Em 2011, se tudo correr bem, vamos fazer o percurso completo da Estrada Real, saindo de Paraty, no Rio de Janeiro, e chegando a Ouro Preto", informa Hélio Agostinho Campos, vice-presidente do Clube do Cavalo de Conselheiro Lafaiete e um dos maiores entusiastas da iniciativa. "Estamos criando a Associação dos Clubes de Cavalo da Estrada Real justamente para concretizar essa ideia”, explica.
O sucesso da cavalgada, segundo o major PM José César de Paula, se deve ao fato de a região de Conselheiro Lafaiete ser um berço de criação de cavalos da raça campolina no país e ao forte senso de civismo da população local. Um dos organizadores do evento e sócio do Clube do Cavalo de Lafaiete, o militar trocou a folga no fim de semana pela cavalgada e, a todo momento, orientava e incentivava os participantes. “Por causa do trabalho, não posso fazer todo o trajeto, mas não tenho como abrir mão de participar desse evento, que mistura civismo, cultura e turismo.”
O major lembrou que a Cavalgada da Inconfidência surgiu depois que a cerimônia de transporte do fogo simbólico, que era feita por integrantes da Polícia Militar, que percorriam a pé um trecho da Estrada Real, foi extinta pelo governo do Estado, como forma de conter custos, em 2004. “Fizemos a primeira em 2005 e, de lá para cá, o esforço conjunto para viabilizar a cavalgada só tem aumentado. As prefeituras, os clubes de cavalo dos municípios por onde passamos, o governo de Minas e a Polícia Militar, que nos dá todo o apoio logístico, todos se unem e o resultado aí está.”
Um comentário:
Circuito das aguas
Aguas de Minas
Aguas da Vida
Precisamos beber dessa fonte
Pra renascer
Reviver
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