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By Ferramentas Blog

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Dia Nacional do Café - 24 de maio



Hoje é o Dia Nacional do Café (para muitos, a melhor bebida)


Hoje é o Dia Nacional do Café, bebida mais consumida do mundo. 


A ideia de se comemorar o Dia Nacional do Café nessa data partiu da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), pois é nessa época do ano que, no Brasil, dá-se início à colheita de café na maioria das regiões produtoras do País.




Produzido a partir dos grãos do fruto do cafeeiro, o café já foi, em 1980, a segunda mercadoria mais vendida em todo o mundo, ficando atrás apenas do petróleo.




O café começou a ser produzido na Eiópia, mas foi no Egito e Europa que ele difundiu-se para o restante do mundo. Em 1727, o governador do Estado do Grão-Pará enviou o sargento-mor Francisco de Melo Palheta em uma viagem, encarregando o oficial de conseguir trazer algumas mudas de café para plantação. Na Guiana Francesa, o sargento conseguiu ganhar a confiança da esposa de um importante político de lá, e foi ela quem deu uma muda de café-arábico, trazida para o Brasil de forma clandestina.




segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Mercado Central - O mercado que só os mineiros sabem

O mercado que só os mineiros sabem

Aproveitando a comemoração dos 80 anos do Mercado Central de Belo Horizonte, publico aqui um texto que escrevi há alguns anos para o site Brasil Sabor sobre este patrimônio mineiro.


As famosas pimentas em conserva do Mercado


O mercado que só os mineiros sabem

por Rusty Marcellini


As montanhas escondem o que é Minas
Ninguém sabe Minas
Só os mineiros sabem
E não dizem nem a si mesmos o
irrevelável segredo chamado Minas.

Carlos Drummond de Andrade 

Quem deseja conhecer a Minas que só os mineiros sabem, deve ir ao Mercado Central de Belo Horizonte. O local é ponto de encontro deste povo que, conforme os versos de Fernando Sabino, “Não dá ponto sem nó. Não conversa, confabula. Não combina, conspira”. Em um passeio por seus corredores labirínticos, é possível vivenciar algumas das tradições mineiras: escolher um queijo curado pelo som emitido, beliscar uma porção de fígado acebolado com jiló, saborear um pedaço de abacaxi no espeto, conhecer o ora-pro-nóbis e a taioba, e escutar palavras ditas com diminutivos e frases acrescidas de “uai”, “sô” e “trem”.


A história do mercado

Em 1929, com o objetivo de centralizar o abastecimento da capital mineira, facilitando a vida de seus pouco mais de 47.000 habitantes, o prefeito Cristiano Machado inaugurou o Mercado Municipal de Belo Horizonte. Os feirantes foram reunidos num terreno de 22 lotes que totalizava uma área de 14.000 metros quadrados. Em 1964, o então prefeito Jorge Carone optou pela venda do local, alegando impossibilidade administrativa. Após a compra do Mercado Municipal pelos próprios comerciantes, este passou a se chamar Mercado Central de Abastecimento e Serviços de Belo Horizonte. Pouco tempo depois, por determinação contratual da Prefeitura ante a venda aos comerciantes, o mercado foi pavimentado, coberto com estrutura metálica, e edificado com um novo pavimento a ser utilizado como estacionamento.

O Mercado Central de Belo Horizonte está localizado nas proximidades da Praça Raul Soares, no centro da capital mineira. Em suas mais de 400 lojas é possível encontrar de tudo: da carne de sol de Montes Claros à lingüiça de Formiga, da goiabada de Ponte Nova ao doce-de-leite de Viçosa, dos queijos do Serro aos doces de Araxá. Além das iguarias que compõe a mesa mineira, há setores que comercializam artesanato, animais domésticos, e artigos para o lar como louças e panelas. Outras características que o diferencia dos demais mercados do país são os bares cujos tira-gostos são saboreados em pé no balcão, além da existência de um estacionamento interno.



Pelos corredores do mercado

Um passeio pelo Mercado Central deve começar pelo elevador que liga o estacionamento, no andar superior, às lojas do térreo. Dentro dele, está Terezinha, a ascensorista que se tornou personalidade local. Sempre com muito bom humor, ela cumprimenta a todos com um imenso sorriso e, em poucos segundos, conta histórias, piadas e receitas entre um andar e outro. Ao sair do elevador, o visitante encontra uma das mais famosas bancas do mercado: a do abacaxi. Siga a tradição local e peça um pedaço da fruta, que é servida docíssima e espetada num palito de madeira. Perto dali estão o Ao Uirapuru, loja especializada em artigos para casa como louças, panelas, e talheres; e a Loja do Heraldo, que comercializa potes e garrafas de vidro em tudo que é formato e tamanho.


Num corredor paralelo está o setor de animais domésticos, onde há sabiás, canários, periquitos, pavões, patos, gansos, galinhas caipira e d’angola, gatos, cachorros, e hamsters. 

Perpendicular ao corredor anterior, está o setor das lojas especializadas em queijos e derivados do leite. Tanto a Loja do Itamarquanto a Laticínios Irmãos Costa oferecem produtos de diversas regiões de Minas. Há os queijos do Serro e da região da Serra do Canastra, o doce-de-leite Viçosa, as compotas de Araxá, além de mussarela trancinha, requeijão em barra com raspa do tacho, e provolone em diversos tamanhos e graus de maturação. Neste mesmo corredor, há ainda a Bom Cacau, que oferece produtos relacionados a festas infantis, e a Tripocel, especializada na venda de produtos para o feitio de lingüiças como moedores e tripas secas de diversos animais.

Ao final do setor dos queijos, está um dos melhores botecos de Belo Horizonte: o Casa Cheia. Vencedor do festival Comida di Butecoem 2005, o estabelecimento oferece um cardápio de deliciosos tira-gostos preparados com ingredientes mineiros como costelinha, canjiquinha, ora-pro-nóbis, e jiló. Aos fundos do Casa Cheia está a área reservada a venda de artesanato.

No corredor que corre paralelo a Rua Curitiba estão as lojas Coisas D’Hana, que comercializa produtos e iguarias árabes, e Casa dos Chás, onde se encontra uma gigantesca variedade de ervas e raízes medicinais. No fim do corredor, virando à direita, há o Papa Pimentas, especializado na venda de diferentes espécies deste adorado e ardente fruto, e o Gabriel Limonada, que há décadas vende limonada pura ou misturada com groselha.

Adentrando-se para o centro do mercado, encontra-se o Verduras Adriano, que disponibiliza aos clientes ervas frescas, mini legumes, e folhas desconhecidas por muitos como: mostarda, taioba, ora-pro-nóbis, couve japonesa, azedinha, e almeirão. Mais adiante, há o Ponto da Mandioca e das Pimentas que, além de vender os produtos especificados em seu nome, oferece palmito fresco. Ao lado, a Feijoada de Minascomercializa todos os ingredientes necessários para uma feijoada, além de carneiro, cabrito, leitoa, coelho, frango caipira, rã, pato, codorna, perdiz, e vitelo. Em frente, na Nossa Loja, há a oferta de bules e canecas esmaltadas em diversas cores. Perto do final do corredor, à esquerda, está o Café 2 Irmãos, onde se toma o pretinho feito em coador. Logo adiante, chega-se à Cachaça de Minas que, além de contar com centenas de rótulos do destilado, possui licor, bala e gelatina de cachaça. 

Pelos corredores internos, encontra-se: a Barraca do Patureba, especializada em frutas; a Banca Santo Antônio, que oferece uma imensa variedade de especiarias e condimentos; a Guaraná e Cia, que vende sucos de frutas do cerrado; o Ponto da Empada, que serve uma deliciosa empada de queijo com goiabada; além do Império das Azeitonas, do Eskinão da Mandioca, do Paraíso dos Ovos, da Peixaria Modelo. São tantas as opções que um dos grandes prazeres ao visitar o mercado é exatamente se perder em meio a enorme diversidade de lojas tão singulares.


Serviços:


Mercado Central de Belo Horizonte
Av. Augusto de Lima, 744.
Centro
Belo Horizonte – MG


Ao Uirapuru
Lj. 116.

Loja do Heraldo
Lj. 110.

Loja do Itamar
Lj 148. 

Laticínios Irmãos Costa
Lj 86. 

Bom Cacau
Lj. 93.

Tripocel
Ljs. 68/81.

Casa Cheia
Lj. 167.
Tel. 3274-9585.

Coisas D’Hana
Lj. 33.

Casa dos Chás
Lj. 35.
Tel. 3274-9633.

Papa Pimenta
Loja 88. 

Verduras Adriano
Lj. 260.

Ponto da Mandioca e das Pimentas
Ljs. 211 e 517.

Feijoada de Minas
Ljs. 214-216. 

Nossa Loja
Lj. 02.

Cachaça de Minas
Lj. 920.

Barraca do Patureba
ljs 48/49.

Banca Santo Antônio
Lj. 177.

Guaraná & Cia.
Lj. 77. 

Ponto da Empada
Ljs. 11 e 186.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Dia Nacional do Café

Uma simples homenagem ao Dia Nacional do Café
A minha foto foi feita em casa, na hora do cafezinho da tarde, e já foi premiada várias vezes no Instagram! 
Para ler mais sobre a data, clique aqui: Dia Nacional do Café


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Concerto em Ouro Preto, dia 15/10 às 18h30 na Série do Museu do Oratório!



Concerto em Ouro Preto, dia 15/10 às 18h30
na Série do Museu do Oratório!


Guilherme Vincens (violão)
Professor e coordenador do curso de música da UFSJ em São João del Rei – MG




Adro do Carmo, 28 - Ouro Preto MG
(0xx)31 3551-5369




sexta-feira, 16 de setembro de 2011

MUSEU DO ORATÓRIO TEM PROGRAMAÇÃO ESPECIAL NA 5ª PRIMAVERA DE MUSEUS

Museu do Oratório tem programação especial na 5ª Primavera de Museus


Com o tema “Mulheres, Museus e Memórias”, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) realiza a 5ª Primavera de Museus entre os dias 19 e 25 de setembro. A edição deste ano abre espaço para reflexões sobre como o gênero, a mulher e o feminino estão sendo pensados na contemporaneidade.

O Museu do Oratório, responsável por um acervo de vocação feminina, preparou uma programação especial para a Primavera de Museus 2011 com visitas orientadas, palestra, oficinas e sarau com o grupo Trovadores de Minas. A Instituição possui um conjunto de oratórios e objetos de fé que foram coletados e conservados pela colecionadora Angela Gutierrez. São elementos que tratam da fé feminina e das relações familiares e sociais, as quais a mulher pode ser vista como a guardiã das tradições e da memória ao longo dos tempos.

O Museu é um dos principais de arte sacra do Brasil e funciona diariamente, das 9h30 às 17h30, na Casa Capitular da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo (Adro do Carmo, 28 Centro Ouro Preto – MG).

Confira a programação do Museu do Oratório –5ª Primavera de Museus

Dia 19 de setembro (segunda-feira)
Das 14h30 às 16h30 - palestra "Gênero e público nos museus em Ouro Preto: apontamentos e resultados preliminares do projeto de pesquisa", com a professora MSc. Ana Cristina Audebert R. Oliveira e a estudante do curso de museologia da UFOP Thayane Martins.

Dias 20 e 21 de setembro (terça e quarta-feira)
Das 9h30 às 17h30 – visita orientada: referências femininas no acervo do Museu do Oratório. Entrada Franca. Agendamentos de grupo para visita, pelo telefone (31)3551-5369

Dia 21 de setembro (quarta-feira)
Das 19h às 21h30 - Oficina de Confecção de Luminária. Ornamentação de Luminária. Homenagem à “Mãe Educadora – Sant’ Ana Mestra”.
Público alvo: alunos do AJA (Alfabetização de Jovens e Adultos) de Escolas Municipais

Dia 22 de setembro (quinta-feira)
Das 14h às 17h - Oficina de Confecção de Luminária. Ornamentação de Luminária. Homenagem à “Mãe Educadora – Sant’ Ana Mestra”.
Público alvo: pessoas maiores de 10 anos da comunidade.

Dia 23 de setembro (sexta-feira)
Das 19h às 20h30 – Sarau: Trovadores de Minas – Homenagem à Mulher. Grupo de Ouro Preto/MG . Regente: Maria Teresa Guimarães. Apresentação aberta ao público.

Mais informações pelo telefone (31)3551-5369 ou na recepção do Museu, no Adro da Igreja do Carmo, Centro, Ouro Preto-MG.
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Fonte: Converso Comunicação
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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Por que Minas Gerais não tem mar?

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Por que MG não tem mar?
É porque os mineirins quando terminam de rezar o "painóço", cheios de fé, dizem:



Colaboração de nossa amiga Laila Guliherme (SP). Obrigada, Laila! :)

domingo, 11 de setembro de 2011

"O Mineiro e o Queijo" - Documentário de Helvécio Ratton

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Documentário de Helvécio Ratton, "O Mineiro e o Queijo" estreia dia 23 em BH

Filme trata da polêmica gerada em torno da qualidade do produto, que é elogiado pelos chefs. "O Mineiro e o Queijo" é um documentário político e poético de Helvécio Ratton. Patrimônio cultural do Brasil, o queijo Minas artesanal é proibido de circular fora de Minas Gerais.
Produção
Quimera Filmes, 30 de setembro nos cinemas.




Seção: Cinema - 11/09/2011 08:15

Simples e chique

Documentário de Helvécio Ratton, "O mineiro e o queijo" estréia dia 23 em Belo Horizonte. Filme trata da polêmica gerada em torno da qualidade do produto, que é elogiado pelos chefs

Eduardo Tristão Girão

Queijos feitos artesanalmente, diferentemente  do padrão, são maturados por vários dias em temperatura ambiente (Rusty Marcellini/Divulgação )
Queijos feitos artesanalmente, diferentemente do padrão, são maturados por vários dias em temperatura ambiente

Faça o teste: quando for comprar queijo minas, procure pelo artesanal e leve também o padrão, ambos com mesmo ponto de cura, para comparar. Abra-os e perceba as diferenças de textura, aroma e sabor. Produto tipicamente mineiro, o queijo feito por pequenos artesãos das regiões da Canastra, Serro, Araxá e Cerrado (Alto Paranaíba) é um ícone da excelência gastronômica do estado e coloca o Brasil no mapa, ao lado de países europeus - leia aqui no Blog - . Seguindo tradições seculares herdadas dos portugueses e passadas de pai para filho, até hoje ele é elaborado com leite cru (não pasteurizado) de vaca. Curiosamente, aí começa o problema.


As características que tornam o queijo minas artesanal tão especial ao mesmo tempo inviabilizam que ele seja comercializado fora do estado e dificultam a sobrevivência dos que dele dependem para viver, verdadeiros artistas como Zé Mário, Luciano Machado e Zé Pão. Foi justamente dessa contradição que nasceu o documentário "O mineiro e o queijo", do diretor Helvécio Ratton, que terá pré-estreia dia 17, no Festival Internacional de Cinema e Alimentação Slow Filme, em Pirenópolis (GO), e chega às salas de exibição do país dia 23, começando pelos cinemas Belas Artes e Savassi, em Belo Horizonte. São Paulo e Rio de Janeiro só o assistirão a ele uma semana depois.

Apesar de ter seu modo artesanal de fazer registrado como bem imaterial tanto pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha, 2002) como pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan, 2008)- leia aqui no Blog -, esse produto nobre tem sua circulação fora de Minas Gerais proibida se não passar pelo menos 60 dias curando num entreposto fiscalizado pelo Ministério da Agricultura, onde recebe carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). É o que estabelece lei de 1952. Fora isso, estudam-se alterações na legislação que obriga os pequenos produtores a fazer grandes reformas em suas queijarias, colocando-os em desvantagem perante laticínios industriais.



“Por volta de 2006, me interessei em abordar o lado da tradição e história do queijo minas num filme. O comentarista de gastronomia Rusty Marcellini ficou sabendo, me procurou, assumiu a pesquisa e colaborou no roteiro. Então, atrás da tradição, encontramos a contradição. Todo mundo sempre se surpreende com a proibição da venda desse queijo fora do estado. É uma questão absurda e que pediu que avançássemos no debate. O queijo faz parte da vida da gente e a legislação é descaradamente contra o queijo artesanal”, afirma Helvécio.



A viagem para pré-produção do documentário foi feita entre março e abril do ano passado e durou cerca de duas semanas, englobando oito cidades das regiões queijeiras da Canastra, Serro e Cerrado. Nesse período, a equipe fez entrevistas, relatórios, fotos e algumas gravações amadoras. As filmagens, que começaram na sequência desse processo, duraram quase 20 dias, sendo que as imagens finais foram captadas só mês passado. Gravado em HD, tem 72 minutos, trilha de Tavinho Moura e será lançado em DVD no fim do ano. Chegará à televisão ano que vem e há possibilidade de ser exibido na Europa.

7. Modo de Fazer - Tavinho Moura by valeriabethonico

Polêmica - Helvécio vê paralelo entre o documentário e o primeiro trabalho autoral que realizou, Em nome da razão (1979). “Foi filmado num hospício de Barbacena e causou impacto muito grande na época por causa da luta antimanicomial. Foi como se eu tivesse roubado imagens lá de dentro e tudo aquilo tivesse ultrapassado os cinemas. Com "O mineiro e o queijo" sinto o mesmo. Quero informar e provocar polêmica, para saber se as razões em torno do queijo se sustentam. Espero que o filme cumpra esse papel e que as autoridades se pronunciem. A sociedade precisa saber disso. A situação está madura para que os interlocutores sentem à mesa para conversar”, analisa.


Se são todos eles produtores pequenos (alguns não fazem mais de 10 queijos por dia), incomodariam tanto assim a indústria de laticínios, supostamente a favor do “imperialismo higiênico” (palavras do próprio Helvécio) copiado dos Estados Unidos? “É uma produção muito grande se lembrarmos que são pelos menos 30 mil famílias vivendo disso, envolvendo 150 mil empregos diretos e indiretos. Economicamente é expressivo, corresponde a um quarto do que produzem os grandes laticínios mineiros. Só o Mercado Central de Belo Horizonte vende 80 toneladas de queijo minas artesanal por mês”, afirma.



• Exame de dna

Que a ascendência do queijo minas artesanal é portuguesa, ninguém duvida. Há quem defenda que sua origem está no arquipélago dos Açores, onde se produz com leite de vaca o queijo da Ilha de São Jorge, mas a versão mais aceita é a de que ele deriva do mítico queijo Serra da Estrela. Apesar de serem bem diferentes (o de lá é feito com leite de ovelha, usa coalho vegetal, tem consistência cremosa como requeijão e outro sabor), até hoje são produzidos de maneiras bastante semelhantes. A massa coalhada é colocada num pano e amassada manualmente para eliminar o soro. O que resta é transferido para formas onde continua a ser pressionado. Uma vez moldado, o queijo recebe camada de sal grosso e é levado para curar, sendo virado periodicamente.

A casa é sua

Com poucos momentos de narração, "O mineiro e o queijo" apresenta de maneira clara a bizarra situação atual do queijo minas artesanal. A responsabilidade de desenrolar a história fica quase toda com os próprios envolvidos: produtores, proprietários de entrepostos, técnicos, representantes do governo e comerciantes foram entrevistados. Como boa parte foi filmada nas fazendas dos próprios artesãos do queijo, o espectador tem o privilégio de “entrar” na casa de cada um deles, ver detalhes da produção e conhecer algumas peculiaridades do dia a dia local. É claro que a presença de uma câmera modifica o ambiente, mas é preciso reconhecer que a equipe teve talento para captar depoimentos cativantes e de grande espontaneidade. Se para eles fazer queijo artesanal é uma honra, a oportunidade de conhecer melhor como isso é feito é para o espectador muito mais.

PALAVRA DE CHEF

Guilherme Melo
chef do Hermengarda

“Uso um queijo minas ‘genérico’ e volta e meia uso um que chamo de DOC, como o do Zé Mário. O artesanal, geralmente, tem bem mais personalidade, o que significa mais acidez, picância e tempo de curado.”

Américo Piacenza
chef da Cantina Piacenza

“Compro sempre bons queijos minas, feitos com leite cru e sempre meia cura. Há diferença no gosto e na qualidade. O industrializado perde muito em sabor. Minha vó, quando chegou da Itália, sempre usou o queijo minas.”

Paulo Vasconcellos
chef do Benvindo

“É um queijo ótimo, o problema é a difusão. A qualidade é indiscutível, mas há muito queijo de leite cru por aí que tem baixa qualidade. Isso acontece dos dois lados. Ainda hoje é difícil de comprar, pois está em poucas lojas em BH".

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"O Mineiro e o Queijo" -> Programação de lançamento + Fotos

. "O Mineiro e o Queijo" -> Assessoria de Imprensa

. "O Mineiro e o Queijo" -> Matérias nos jornais e revistas .


. "O Mineiro e o Queijo"
dirigido por Helvécio Ratton



Lançamento livro HQ "Histórias do Clube da Esquina"

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HQ "Histórias do Clube da Esquina"
Desenhos de Laudo Ferreira Jr. e colorização de Omar Vinõle - Devir Livraria

Lançamento em Belo Horizonte, MG
Godofredo Bar E Restaurante
Rua Paraisópolis 738 - Santa Tereza - Belo Horizonte
Dia 7 de setembro de 2011, das 18h até ...
Fone: (31) 3483-6341

Histórias do jipe 'Manoel, o Audaz' e Toninho Horta, e dos membros e fatos curiosos do Clube da Esquina!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Bar Pastel de Angu reabre as portas - Bloco do Angu

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Bar Pastel de Angu reabre as portas, desta vez na Serra


Eduardo Tristão Girão - EM Cultura


O músico e produtor cultural Deco Lima continua à frente da casa, que está em seu quarto endereço

Mantendo sua tradição de itinerância pelos bairros de Belo Horizonte, o Bar Pastel de Angu teve as portas abertas recentemente em seu quarto endereço, desta vez na Serra. A tradição, no entanto, é involuntária: sucessão de fatos diferentes motivou cada uma das mudanças, desde a inauguração, em 1992. O imóvel atual é o menor ocupado até hoje, com apenas 40 metros quadrados. O proprietário é o mesmo, o músico e produtor cultural Deco Lima, bem como os pasteis, feitos pela prima Gláucia.

A receita vem da casa da avó, em Conceição do Mato Dentro, onde passava férias nos anos 1970. A irmã Rosa aprendeu a fazê-la e começou a vender os pastéis num armazém da cidade, enquanto ele vinha para a capital mineira oferecê-los em bares. “Ninguém dava preferência para o pastel de angu. Na época, não existia isso em nenhum outro lugar. Achavam que o recheio era de angu”, lembra. Em vista disso, propôs sociedade para a irmã e, então, a primeira versão do bar foi aberta na Rua Lignito, em Santa Efigênia.

Vendido na unidade (até hoje é assim), o salgado começou a atrair cada vez mais pessoas, interessadas também em ouvir a trilha sonora que o proprietário criava na hora (com fitas cassette), em função dos fregueses que chegavam ao bar no momento. “Fomos pioneiros nessa coisa de DJ em bar”, acredita Deco. O público cresceu tanto que, em 2000, o Pastel de Angu foi transferido para galpão na Floresta, com capacidade para 400 pessoas. Foi o único período em que a produção do pastel teve de ser terceirizada.

Nessa época, festas e eventos promovidos pela casa se tornaram famosos, como a primeira apresentação da banda Mundo Livre S/A na cidade, no fim dos anos 1990. “Bandas como Zé da Guiomar e Copo Lagoinha praticamente nasceram no bar, formadas por amigos de amigos”, lembra. Em 2004, o Pastel de Angu foi transferido para imóvel na Pompeia, onde funcionou até 2006. “Lá tivemos dois assaltos devastadores e, desde então, dei uma parada e fiquei trabalhando só com música”, conta.


MATURIDADE

No entanto, nesse período Deco continuou de olho em placas de aluga-se e foi dessa forma que encontrou o imóvel atual. “Achei pequeno, mas muito bacana. É a casa mais charmosa que já tivemos. Parece um armazém e fica numa esquina”, conta. Características de antes foram preservadas, como as fotos 3x4 dos frequentadores, que agora formam um longo barrado nas paredes. Já a “gorda do pastel”, personagem conhecida da freguesia de Deco, voltou sob a forma de adesivos, pois o quadro com sua imagem original é muito grande para ser pendurado na nova casa.

O antigo depósito de bebidas agora abriga três mesas e balcão para três pessoas, virado para a rua – na calçada ficam 12 mesas. Na cozinha trabalha o chef egípcio Ahmed Abdou, já apelidado de Marco, com longa experiência em restaurantes na Itália. O cardápio é curto e tem como estrela o pastel de angu (R$ 3,80, unidade), disponível nos sabores carne, frango com queijo e queijo com cenoura. Outras pedidas são frango empanado ao molho de pequi (R$ 22), costelinha com batatinhas e molho de mel com limão (R$ 22) e quiabo (ou jiló) com alho e shoyu (R$ 12).

Para beber, chope Backer (R$ 3,90) e a linha completa de cervejas em garrafa da marca, além de Heineken em garrafa de 600ml (R$ 5). Cinco cachaças estão disponíveis (entre R$ 4 e R$ 12, dose), sendo duas delas de Conceição do Mato Dentro (Dukim e Bento Velho). “O bar chegou à uma fase madura, todos nós envelhecemos. Hoje trabalhamos com qualidade, o que não acontecia à época do galpão. Buscamos a essência do que ele já foi, mas estamos ligados à contemporaneidade. Não perdemos a coerência”, sintetiza.

Em clima de carnaval, o bar promove o Bloco do Angu, amanhã, com concentração às 16h e volta pelo quarteirão às 18h. Músicos dos dois projetos do proprietário (Angu Stereo Club e Deco Lima e O Combinado) e amigos engrossarão o coro da marchinha composta por ele. O bar funcionará durante todo o carnaval, exceto na quarta-feira.

Pastel de Angu
Rua Palmira, 816, Serra. (31) 3221-5482 / (31) 8894-9547. Aberto de terça a quinta-feira, das 18h à 0h; sexta, das 18h à 1h; sábado, das 16h à 1h.


Em Conceição do Mato Dentro, interior de Minas Gerais, cada morador tem sua sobre qual o melhor pastel de angu da cidade. A iguaria tornou-se a marca registrada do município e é encontrada praticamente em qualquer bar e restaurante. As receitas variam sutilmente entre um estabelecimento e outro: em uns, o tempero da carne leva cebolinha; no outro, a massa é um pouco mais grossa; num terceiro, há toques de pimenta.

O pastel feito com fubá (ao invés de farinha de trigo) é uma herança dos tempos dos escravos. O fubá usado na receita costuma ser de moinho d´água uma vez que a moagem industrial queima os grânulos do milho devido ao atrito e não alcança a ideal consistência. O fubá de moinho d’água, devido ao lento processo de moagem, consegue uma melhor liga ao modelar a massa. Todo pastel deve ser aberto na mão, pois o uso de rolo deixa a massa compactada. Abrir os pastéis exige eficiência, experiência e tato, uma vez que deve ser aberto com a massa ainda quente. Somente assim consegue-se modelar o angu em formato de pastel.



O Famoso Pastel de Angu da "Dona Mirtila"

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Moeda de prata vai homenagear 300 anos de Ouro Preto

Moeda de prata vai homenagear 300 anos de Ouro Preto

A moeda de prata é voltada a colecionadores e tem o valor de R$ 5

Foto: Divulgação


O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira o lançamento da moeda comemorativa aos 300 anos da fundação da Vila Rica do Pilar do Outro Preto. A cidade mineira foi o primeiro município brasileiro declarado patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).A moeda de prata é voltada a colecionadores e tem o valor de R$ 5. Um dos lados tem a ilustração da arquitetura da cidade com casarios antigos, destacando a Igreja de São Francisco de Assis ao centro e a de Nossa Senhora das Mercês e Perdões à esquerda.A tiragem inicial é de 2 mil unidades, com previsão máxima de dez mil moedas, que começam a circular em meados de 2011.

Fonte: Agência Brasil - site do Terra

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Artesãos aproveitam feriado para exibir obras ao ar livre


Domingo, 14 de novembro de 2010


Santeiros, marcheteiros e outros artesãos aproveitam o feriado prolongado para mostrar sua obra aos visitantes nos largos de São Francisco, Rosário, Carmo e Mercês, em São João del-Rei

Foto: Ana Luiza Capel

Arte ao Vivo invade as ruas da cidade, com o objetivo de mostrar a cara do artesanato, que tem vocação para a produção de peças sacras

A histórica São João del-Rei, na Região do Campo das Vertentes, a 185 quilômetros de Belo Horizonte, se transforma, neste feriado prolongado, em ateliê e galeria de arte ao ar livre. Até amanhã, moradores e visitantes poderão conferir o trabalho de santeiros, marcheteiros e outros artesãos, que mostram o seu ofício em frente a quatro igrejas centenárias, nos largos de São Francisco, Rosário, Carmo e Mercês, no Centro. “O evento Arte ao Vivo, integrante do projeto Religiosidade e Santeiros, visa qualificar os artistas e garantir mais visibilidade para a produção de imagens sacras e outras peças”, informa o secretário municipal de Cultura e Turismo, Ralph Justino.

Promovido pela primeira vez na cidade, o projeto se sustenta em três pilares. Em junho, explica o secretário, foi feito um seminário, com a participação de artesãos, santeiros e pessoas especializadas do setor: “Conseguimos cadastrar cerca de 200 artistas”. Nos meses seguintes, foram oferecidos cursos e oficinas – de madeira, cerâmica, marchetaria, ferro e bordado – para aprimorar o ofício, culminando com a Arte ao Vivo, que reúne agora nas ruas 20 artistas, dos quais quatro santeiros.

“Essas atividades mostram a cara do artesanato de São João del-Rei, que tem vocação para a produção dos santeiros, enquanto outras cidades da região já têm outro marca registrada em artesanato. Aqui, há oito santeiros excepcionais, com peças de qualidade e sofisticação. Queremos fortalecer e intensificar o turismo religioso, com o resgate da tradição dos mestres e qualificação do artesanato”, afirma Ralph. O projeto tem recursos do Ministério do Turismo, com contrapartida da prefeitura, como proponente do Instituto Histórico Geográfico de São João del-Rei e realização da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Os artesão trabalham ao ar livre, em plataformas e sob tendas, dando a oportunidade ao público de acompanhar a sua atuação. A escolha dos pontos onde eles se encontram, explica Ralph, se deve à religiosidade, um dos pontos fortes do povo de São João del-Rei. “O turismo religioso, considerado um dos mais importantes do Brasil, principalmente nas cerimônias da Semana Santa, é também o mais importante produto turístico da cidade. Portanto, a ligação com o artesanato é quase natural. Assim, vamos aumentar o reconhecimento nacional e internacional para os nossos santeiros”, concluiu.



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Roda de Viola da Serra do Cipó


Roda de Viola da Serra do Cipó
19 e 20 nov

Caminhada em defesa Pico de Itabirito acontece no feriado


Domingo, 14 de novembro de 2010


MARCO HISTÓRICO

Monumento mais importante de Itabirito recebe apoio para sua preservação e reabilitação ambiental

O Pico de Itabirito, monumento natural mais importante do município, é o destino de uma caminhada comemorativa na segunda-feira. A União Ambientalista de Itabirito (Uai), com o apoio da Vale, promove a 12ª edição da excursão que celebra o Dia do Pico de Itabirito, cujo objetivo é chamar a atenção para a necessidade de preservação do local. O evento ainda tem a função de comemorar a reabilitação ambiental e paisagística da área de tombamento do Pico, que será concluída até 2015.

O presidente do conselho diretor da Uai, Leandro de Oliveira, explica que a caminhada, que começou em 1998, já é uma tradição e conta com a presença de moradores e turistas. Para a edição de amanhã, ele espera 200 pessoas. “As expedições começaram com a função de defender os recursos naturais e o patrimônio histórico da cidade e acabaram virando uma excelente opção de lazer”, afirma. O percurso, que tem início na Praça da Estação, no Centro de Itabirito, é de 20 quilômetros (ida e volta). As pedras, morros e buracos podem dificultar o trajeto, mas enriquecem a biodiversidade da histórica Estrada Real e garantem a aventura. Leandro também chama a atenção para o uso de vestuário adequado, como sapatos confortáveis e calças leves. Protetor solar é artigo indispensável. Durante a caminhada, as pessoas serão orientadas a recolher todo o lixo que encontrarem pelo chão.

Referência

Importante marco geográfico e histórico de Minas Gerais, que serviu de referência aos Bandeirantes durante a Corrida do ouro, o Pico de Itabirito tem 1.586 metros de altura e está localizado dentro da área de proteção ambiental ao Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Apa Sul), há 55 quilômetros da capital. O Dia do Pico de Itabirito é comemorado anualmente em 15 de novembro e foi instituído pela Lei Municipal 2.087, de 17 de dezembro de 1998.

A concentração para a 12ª Caminhada da Uai tem início às 7h, na Praça da Estação, no Centro de Itabirito. Às 8h, uma banda vai animar os caminhantes. O início da expedição está marcado para às 8h15, com chegada ao Pico prevista para as 12h. As inscrições ainda estão abertas , ao custo de R$ 15, na sede do Centro de Referência e Informações Turísticas ou por meio dos telefones (31) 3561-7847/3561-2943. Cada participante terá direito a uma camiseta, lanche e água. A classificação etária é de 10 anos.