Terça-feira, 20 de abril de 2010 - Jornal Estado de Minas
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Em mesas distribuídas pela Rua da Quitanda, em Diamantina, público se encanta com performance dos músicos
Foto: Marcelo Sant'anna/EM/DAPress
“Como pode um peixe vivo, viver fora da água fria, como poderei viver, como poderei viver, sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia…”
Sinfonia das Águas
23 e 24 de abril
4 e 5 de junho
23 e 24 de julho
4, 5 e 6 de setembro
9 e 10 de outubro
Nas sacadas
Romantismo invade cidades mineiras com apresentações baseadas em tradições musicais. Depois de Diamantina, Serro e Poços de Caldas, São João del-Rei estreia no cenário das serestas
João Henrique do Vale |
A música de autor desconhecido que foi gravada, entre outros, por Milton Nascimento, era uma das preferidas pelo ex-presidente diamantinense Juscelino Kubitschek e até hoje faz parte dos repertórios das serenatas mineiras. As músicas que encantavam as antigas donzelas, que ficavam em suas janelas ouvindo a cantoria de homens apaixonados, ainda mexem com os corações do público. Basta conferir a frequência de apresentações em cidades mineiras como Diamantina, Serro, Poços de Caldas e agora São João del-Rei, que têm nas serenatas sua maior inspiração.
Nas sacadas dos casarões antigos da Rua da Quitanda, na cidade de Diamantina, a 292 quilômetros de Belo Horizonte, um espetáculo musical diferente, a Vesperata, comemora 12 anos. Em 2010 já foram duas apresentações que encantaram a todos – segundo os organizadores, cerca de 2 mil pessoas presenciaram os shows. “Este ano, a novidade fica por conta da troca do maestro e do repertório. Que, como vimos na primeira apresentação, teve aprovação do público”, conta Kátia Aparecida Mota Cordeiro, coordenadora da Banda Mirim, que participa do espetáculo, e também da Orquestra Sinfônica Jovem.
O maestro agora é o major Edson Soares de Oliveira, de 58 anos. Mesmo sendo a sua primeira regência na Vesperata, ele já é experiente. Regeu por cinco anos a Banda do Batalhão, mas mesmo assim o frio na barriga é inevitável. “Nas primeiras apresentações você fica um pouco nervoso, mas a participação do público me ajudou e fez com que o show ficasse muito bonito”, conta Edson. Para as próximas apresentações algumas mudanças estão previstas para melhorar ainda mais a participação do público. A próxima apresentação está prevista para 24 de abril. A mesa para quatro pessoas custa R$ 60.
Bem pertinho dali, na cidade do Serro, a 326 quilômetros de Belo Horizonte, o evento musical fica por conta da Bolerata. Realizada nas escadarias da Igreja de Santa Rita, ela segue o estilo da Vesperata de Diamantina, o que difere é o repertório. “É tudo parecido, só que aqui nós tocamos apenas bolero e no fim de cada apresentação temos shows de MPB”, conta o tesoureiro da Associação Serrana de Turismo, que organiza a Bolerata, Rogério Mota Pereira. As apresentações deste ano devem acontecer no segundo semestre.
Nas sacadas dos casarões antigos da Rua da Quitanda, na cidade de Diamantina, a 292 quilômetros de Belo Horizonte, um espetáculo musical diferente, a Vesperata, comemora 12 anos. Em 2010 já foram duas apresentações que encantaram a todos – segundo os organizadores, cerca de 2 mil pessoas presenciaram os shows. “Este ano, a novidade fica por conta da troca do maestro e do repertório. Que, como vimos na primeira apresentação, teve aprovação do público”, conta Kátia Aparecida Mota Cordeiro, coordenadora da Banda Mirim, que participa do espetáculo, e também da Orquestra Sinfônica Jovem.
O maestro agora é o major Edson Soares de Oliveira, de 58 anos. Mesmo sendo a sua primeira regência na Vesperata, ele já é experiente. Regeu por cinco anos a Banda do Batalhão, mas mesmo assim o frio na barriga é inevitável. “Nas primeiras apresentações você fica um pouco nervoso, mas a participação do público me ajudou e fez com que o show ficasse muito bonito”, conta Edson. Para as próximas apresentações algumas mudanças estão previstas para melhorar ainda mais a participação do público. A próxima apresentação está prevista para 24 de abril. A mesa para quatro pessoas custa R$ 60.
Bem pertinho dali, na cidade do Serro, a 326 quilômetros de Belo Horizonte, o evento musical fica por conta da Bolerata. Realizada nas escadarias da Igreja de Santa Rita, ela segue o estilo da Vesperata de Diamantina, o que difere é o repertório. “É tudo parecido, só que aqui nós tocamos apenas bolero e no fim de cada apresentação temos shows de MPB”, conta o tesoureiro da Associação Serrana de Turismo, que organiza a Bolerata, Rogério Mota Pereira. As apresentações deste ano devem acontecer no segundo semestre.
Na cidade de Poços de Caldas, a 460 km de Belo Horizonte, o show fica por conta da Sinfonia das Águas. Sua primeira apresentação foi em 2006 e teve também como inspiração a Vesperata de Diamantina, mas seu espetáculo é diferente. "Não fazemos apenas apresentações musicais, temos encenações e danças", conta o criador da Sinfonia das Águas, maestro Agenor Ribeiro Neto. Para ele, o evento está cumprindo o seu papel de atrair o turista para a cidade. Desde a primeira apresentação, mais de 120 mil pessoas já assistiram ao espetáculo. "Nossa cidade está ficando lotada e os hotéis todos ocupados. Isso é muito gratificante para nós", afirma Agenor.
A próxima apresentação da Sinfonia das Águas acontece em 23 de abril. Os ingressos custam a partir de R$15.
A próxima apresentação da Sinfonia das Águas acontece em 23 de abril. Os ingressos custam a partir de R$15.
Já São João del-Rei, a 185 quilômetros da capital mineira, tb entrou na onda das serenatas e criou a Sinfonia dos Sinos. Recebeu este nome porque o toque dos sinos da cidade foi tombado como patrimônio nacional e material pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Por isso, as apresentações terão início com badaladas de todos os sinos da cidade”, afirma o secretário de Cultura e Turismo de São João del-Rei, Ralph Justino. Segundo ele, o pensamento é transformar a cidade em um grande atrativo mundial. “Queremos receber o título de cidade criativa da música, dado pela Unesco. A única que detém essa condecoração é Veneza”, sonha Ralph.
A música não é uma novidade na cidade, lá há duas orquestras bicentenárias. Para o evento, foi contratado o maestro Irineu Alex Souza Domingues, um dos criadores da Vesperata. “Fiquei muito feliz com o convite e também muito emocionado com a maneira de como a cidade abraçou o evento”, diz.
A música não é uma novidade na cidade, lá há duas orquestras bicentenárias. Para o evento, foi contratado o maestro Irineu Alex Souza Domingues, um dos criadores da Vesperata. “Fiquei muito feliz com o convite e também muito emocionado com a maneira de como a cidade abraçou o evento”, diz.
A estréia está marcada para o dia 5 de junho.
Calendário
Vesperata
24 de abril
22 e 29 de maio
12 e 26 de junho
3 de julho
7 e 28 de agosto
4 e 25 de setembro
16 e 23 de outubro
Sinfonia dos Sinos
5 de junho
10 de julho
07 de agosto
11 de setembro
16 de outubro
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24 de abril
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Sinfonia dos Sinos
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11 de setembro
16 de outubro
Sinfonia das Águas
23 e 24 de abril
4 e 5 de junho
23 e 24 de julho
4, 5 e 6 de setembro
9 e 10 de outubro
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3 comentários:
"No compasso das serenatas"
Eu gostaria tanto de poder andar sempre nesse compasso
Passo a passo.
Às vezes a gente vai tão longe
E "os sonhos mais lindos" estão pertinho da gente
Como em Diamantina...
A um passo
Do "compasso das serenatas"
"No compasso das serenatas"
Eu gostaria tanto de poder andar sempre nesse compasso
Passo a passo.
Às vezes a gente vai tão longe
E "os sonhos mais lindos" estão pertinho da gente
Como em Diamantina...
A um passo
Do "compasso das serenatas"
Olá Valéria, parabéns pelo seu blog e pelo Flickr. Vou passar aqui mais vezes para ficar por dentro das novidades mineiras da música e tudo mais.
Até logo.
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