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By Ferramentas Blog

domingo, 21 de dezembro de 2008

Feliz Natal, com Toninho Horta e Tom Lellis

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'JINGLE BELLS', com Toninho Horta e Oscar Castro-Neves, gravação do CD 'A Brasilian Christmas', de 1996, by Astor Place Recordings





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'Have Yourself a Merry Little Christmas', com Tom Lellis





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My new friend Tom Lellis has sent me this nice and charming video of himself singing 'Have Yourself a Merry Little Christmas', and, I like it so much that I want to share it with all my friends!
Merry Christmas!
Maria Valéria

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Meu mais novo amigo Tom Lellis enviou-me este simpático e charmoso video com ele cantando 'Have Yourself a Merry Little Christmas', e, eu gostei tanto que quero partilhá-lo com todos os meus amigos!
Feliz Natal!
Maria Valéria

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Have Yourself A Merry Little Christmas!
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The heart warming Christmas song 'Have Yourself A Merry Little Christmas' was immortalised by Judy Garland when she sang this song to Margaret O'Brien and brought tears to the eyes of the audience. The lyricist for 'Have Yourself A Merry Little Christmas' was Ralph Blane and the haunting music was composed by Hugh Martin. The song 'Have Yourself A Merry Little Christmas' was first published in 1943.
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Have Yourself A Merry Little Christmas – lyrics


Have yourself a Merry little Christmas,
Let your heart be light
From now on,our troubles will be out of sight
Have yourself a merry little Christmas,
Make the Yule-tide gay,
From now on, our troubles will be miles away.
Here we are as in olden days,
Happy golden days of yore.
Faithful friends who are dear to us
Gather near to us once more.
Through the years We all will be together,
If the Fates allow
Hang a shining star upon the highest bough.
And have yourself A Merry little Christmas now.




sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Pesquisadores estudam as delícias da culinária mineira

G1 O Portal de Notícias da Globo

06/11/08 - 22h01 - Atualizado em 06/11/08 - 22h30


As casas da cidade histórica foram percorridas em busca de mais segredos dessa culinária tão recheada de histórias. Cem receitas foram catalogadas por historiadores para virar um livro.

Video:



Os segredos da culinária mineira estão sendo estudados por pesquisadores na cidade histórica de Mariana. A reportagem é de Narriman Sible.

No sossego da roça, muito trabalho. Do alto da bananeira, o marido tira as folhas mais longas e traz para mulher na cozinha, para ela cortar uma a uma. “Para fazer o cobu. É a merenda das zonas rurais. Aí, vai fubá, a rapadura”, ensina a mulher.

Rapadura raspada, fininha, é misturada, vira massa para ser embrulhada nas folhas. No forno, as brasas são varridas com vassoura também feita à mão.

O tempo certo de calor e a quitanda está pronta. Do jeitinho que dona Lelé, ainda menina, via os mais velhos fazerem. “Vira um bolinho depois de pronto. Nós fazíamos e levávamos a merenda para a roça, para os trabalhadores”, ela conta.

As casas da cidade também foram percorridas, em busca de mais segredos dessa culinária tão recheada de histórias, de receitas que revelam os costumes do povo. Em cada cozinha, foi encontrado um ensinamento passado de geração para geração à beira do fogão à lenha.

O tempo não apagou a memória da alquimia feita pela avó. De uma fruta tão amarga. Fazer doce de sidra. “Três, quatro dias para fazer o doce. A gente era pequena e ficava encantada”, lembra Glorinha.

A sobremesa de dona Glorinha está entre as cem receitas que foram catalogadas por historiadores para virar um livro. Um patrimônio que já está sendo preservado em sala de aula. Debaixo de um pé carregado de jabuticaba, em uma cozinha de quintal.

“Aprendi a fazer fubá suado, cuscuz, cobu, frango com ora-pro-nóbis”, afirma uma mulher.

Ora-pro-nóbis: verdura que, em Mariana, tem outro nome. Na panela, o vocabulário dos antigos chega aos mais novos. “Nunca vamos deixar para trás as origens. Não é a história de Mariana só, é a história de Minas Gerais. É o que nós somos, o que comemos, o que passamos para as gerações”, afirma a historiadora Margareth Marton.

Valorizada, a herança se multiplica e faz valer ainda mais uma vida inteira dedicada a guardar sabedoria.


EXCLUSIVO NO SITE: delícias de Minas



A reportagem percorreu casas da cidade e da roça. Foi numa fazenda, a 50 km de Mariana, que encontramos uma simpática senhora chamada Josefina, mais conhecida como Dona Lelé.

Lá onde mora, o telefone ainda não chegou, a água no tanque não tem nem torneira, vem direto da fonte e corre. Já é um sinal de riqueza pouco vista hoje em dia.

Numa cozinha pintada com o branco do cal, Dona Lelé revela os segredos passados pelas mulheres de sua família, de sua avó para sua mãe e de sua mãe para ela, ainda menina.

Emocionada por receber uma equipe de reportagem, Dona Lelé, mulher simples da roça, diz que nunca imaginava que isso poderia acontecer um dia.

Aos 73 anos, ela faz rotineiramente os tradicionais pratos que aprendeu a preparar ainda jovem com sua mãe e com cozinheiras mais experientes, preocupa-se em divulgá-los para que se perpetuem. Ela faz dos seus conhecimentos e habilidades na cozinha um meio de aumentar a renda de sua aposentadoria e realizar seus sonhos.

Seu dia começa cedo. Pela manhã, antes das 5h, já está com o fogão à lenha aceso e o café pronto. Além das lidas rotineiras da casa, prepara geléia de mocotó, merendas e outros quitutes que comercializa

A lista de receitas que Dona Lelé prepara é extensa: rocambole, broa, pé-de-moleque, pães, biscoitos, brevidade, cobu. Destacamos duas receitas, que saboreamos em sua casa, que eram feitas antigamente, mas hoje quase não se vêem e poucas pessoas ainda sabem fazer: o cobu e a brevidade de rapadura. O cobu também é conhecido como pau-a-pique e joão deitado.


A receita do cobu

Misture todos os ingredientes, deixando a massa com uma consistência mais mole. Colha folhas de bananeira, lave-as, seque, corte em quadrados grandes e passe no fogo para que amoleça e fique fácil de dobrar.

Pegue um quadrado de folha de bananeira, coloque uma concha da massa e enrole dobrando as pontas para que a massa não vaze. Leve ao forno quente.


Ingredientes

1kg de fubá de moinho d’água
1 rapadura derretida em forma de melado
½ kg de farinha de trigo
3 ovos
2 copos (americano) de coalhada caseira
500g de manteiga ou nata
2 conchas (de servir feijão) de óleo
suco de 1 limão
1 pacote de cravo da Índia socado no pilão, depois de torrado na chapa do fogão a lenha
1 colher (sopa) canela em pó
1 colher (sopa) de bicarbonato dissolvido em um limão
2 colheres (sopa) fermento em pó
1 pitada de sal


A receita da brevidade de rapadura

Raspe a rapadura e soque-a no pilão junto com o polvilho. Essa mistura pode ser feita no liquidificador. Acrescente os demais ingredientes e, na hora de levar ao forno, acrescente uma colher de sopa de fermento em pó. Leve ao forno, em temperatura média.


Ingredientes

1 rapadura raspada
1kg de polvilho doce ou azedo
7 ovos inteiros (para não dar cheiro de ovos, bata-os no liquidificador)
Raspas de limão

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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Carla Villar e as canções de Toninho Horta

Carla Villar lança disco 'Pedra da Lua – Carla Villar canta Toninho Horta'

. Música - 13/10/2008
Ailton Magioli - EM Cultura



À exceção de Nana Caymmi, que se tornou praticamente co-autora do clássico ao gravar Beijo partido em 1975 – coincidentemente no mesmo ano em que Milton Nascimento registrou a canção, com a participação do autor –, poucas intérpretes tiveram coragem de desvendar o cancioneiro de Toninho Horta com a profundidade que ele requer.




Foto: Marcílio Gazzinelli ->


Às vésperas de completar 60 anos (que serão comemorados em dezembro), o criador de harmonias “complicadas” ganha releitura digna da importância de sua obra com o lançamento, segunda-feira à noite, do disco Pedra da Lua – Carla Villar canta Toninho Horta. Nesse álbum solo, a belo-horizontina exibe o timbre agradável e o bom-gosto que sempre chamaram atenção do público.


Com o amadurecimento, Carla Villar começa a se firmar como uma das melhores intérpretes em atividade na capital. Não por acaso, acaba de ser premiada no Festival de Música de Belo Horizonte. “Além dos estudos, o fato de dar aulas de canto contribui para a gente estar sempre exercitando a voz”, explica ela, salientando que a masterização do disco, a cargo do guitarrista e engenheiro de som César Santos, foi propositalmente puxada para os anos 1970 – a sonoridade, mais quente, lembra a do vinil.


CONVIDADO

Com direito à participação de Toninho, que assina três arranjos do disco, e acompanhada de banda, Carla vai apresentar o repertório integral de Pedra da Lua, acrescido de Manoel, o Audaz, o maior sucesso do guitarrista. A Rede Minas de Televisão e a Inconfidência FM vão registrar tudo para a exibição de futuros especiais.

O show integra o Projeto Música Independente, da Fundação Clóvis Salgado. Gustavo Figueiredo (teclado), Kiko Mitre (baixo), César Santos (guitarra), Tattá Spalla (violão) e André “Limão” Queiroz (bateria) formam a banda da cantora. No palco do Ceschiatti, Carla Villar também vai receber o instrumentista Ces-4 e o cantor baiano Renato Rivas.


“A música de Toninho é difícil de tocar, de cantar e, às vezes, até de ser ouvida”, afirma ela. Por isso, tem de ser bem-feita, para não cair no risco de se tornar boba, observa. “Tanto as harmonias como as melodias são muito difíceis, mas infinitamente geniais”, acrescenta. Céu de Brasília, Durango Kid, Viver de amor, Aqui-Ó, Pecém e Estrela do meu céu são algumas das canções do show.




Com a primeira tiragem esgotada, Pedra da lua aguarda patrocínio para nova edição e para a turnê de lançamento. O projeto de captação já foi aprovado na Lei de Incentivo à Cultura.










CARLA VILLAR & BANDA

Teatro João Ceschiatti, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. Segunda-feira, às 19h. R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia).






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Música no podcast: 'Pedra da Lua', de Toninho Horta e Cacaso, c/ Carla Villar. Gravação no CD 'Pedra da Lua - Carla Villar canta Toninho Horta', de Carla Villar. 2007, Independente.
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Mineiridades - Frango com quiabo e angu é um bom motivo para a gula

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Domingo 05 de outubro de 2008

Gustavo Werneck - Estado de Minas



Tiradentes - Difícil resistir às tentações da culinária mineira, um patrimônio recheado de história, temperado pela mais pura tradição e admirado por gente do Brasil inteiro. Quem visita as cidades coloniais, entre elas Tiradentes, no Campo das Vertentes, a 210 quilômetros de Belo Horizonte, tem de dispensar algumas horas para provar as delícias da terra, de preferência preparadas na boa panela de pedra, como mandam as sábias cozinheiras. Um dos pratos mais pedidos, no almoço ou no jantar, é o frango com quiabo, acompanhado de angu mole e arroz soltinho, quarteto fumegante e especial para o paladar. Uma iguaria das Gerais.

Foto: Beto Novaes/EM/D.A Press

Em toda a Estrada Real, restaurantes simples e sofisticados mantêm a iguaria no cardápio. Em algumas regiões de mineração, o prato recebe o curioso nome de “xi com angu”. Contam que, lá pelos idos do século 19, antes de sair à noite para beber e jogar, os homens inventavam uma desculpa cheia de imaginação para ludibriar as mulheres. A conversa era: “O Chico nos convidou para comer um frango com quiabo e angu”. Daí, o “xi com angu”. Muitas horas depois, no raiar do dia, eles chegavam em casa e se desculpavam, na maior cara-de-pau. Em vez de frango, o tal Chico cozinhava um galo com quiabo e angu – a mentira colava e as mulheres engoliam, pois, como se sabe, essa ave demora horas para ficar pronta.



Na turística Tiradentes, na Trilha dos Inconfidentes, a cozinheira Elizabeth Batista Teixeira, a dona Beth, de 50 anos, sabe todos os segredos da gastronomia das Gerais. Criada numa família grande de 10 irmãos, ela via, ainda criança, a mãe Zélia pegar o frango no galinheiro, colher os quiabos bem frescos e depois dar início ao processo. Para tornar o serviço completo, agradar aos olhos e dar água na boca, todas as partes eram aproveitadas: das mais nobres (peito e coxa), às de pouca carne (asa, pescoço e pés).

Declarando-se “mineira até mandar parar”, Beth lembra que, na sua casa, as carnes de porco e de galinha eram as mais comuns, pois criavam-se os animais no quintal. Carne de boi, só no Natal”, conta. É dessa época que ela preserva um jeito muito próprio de fazer a comida. Para dar mais sabor ao quiabo, ela o refoga com pimentão cortado em cubinhos, deixando que dourem até secar. Com total sapiência, vai usando técnica e arte para evitar que o quiabo babe – uma delas é usar pouco óleo e dourar bem. “Enquanto cozinho o frango, preparo o quiabo. No fim dá tudo certo”, diz a cozinheira, que dirige, ao lado da filha, Marcela Cristina, de 26, o restaurante Sabor de Minas, no Largo das Forras, no Centro Histórico. Essa área central de Tiradentes é um verdadeiro paraíso para os admiradores dos genuínos petiscos mineiros e também do artesanato fino e dos doces de lamber os beiços.

Com os novos tempos, principalmente com a presença maciça de turistas paulistas, interessados em descobrir as belezas de Minas, muitos restaurantes da região passaram a usar só pedaços mais carnudos, deixando de lado o trio pé, pescoço e asa. Mas se o cliente fizer questão do frango completo, deve dar uma passada antes no restaurante e encomendar.

Fogo do chão

A história da culinária mineira, uma das mais originais do país, vem de longa data. E, até chegar ao frango com quiabo, cumpriu uma trajetória de resistência, testes e mudanças. Tudo começou com os primeiros desbravadores do território que, para não morrer de fome, aprenderam o necessário com os índios. Na busca por ouro e diamantes, e na falta completa de panelas, fogão e mobiliário, só lhes restava observar o que os povos indígenas comiam e seguir seus hábitos. Os alimentos, portanto, eram feitos à base de mandioca e milho.

De acordo com os pesquisadores, os alimentos eram assados, sem sal, no fogo do chão, que consistia num buraco onde ficavam as brasas. Sobre as labaredas, as vasilhas de barro, à moda indígena, eram penduradas em árvores com cipós. Tudo era comido com as mãos, na forma de “capitão”, com as pessoas sentadas no chão. Também era muito comum pôr os alimentos em espetos.

Com a confirmação de que a capitania era rica em ouro e diamantes, chegaram da África os primeiros negros, incluindo mulheres, para trabalhar na mineração. Novos modos de cozinhar se juntaram à culinária local, surgindo os pratos afro-indígenas. Muitos cativos trouxeram sementes de quiabo e, depois de colhê-los, passaram a comê-los misturados ao angu ou com a carne dos animais que caçavam. A banana-da-terra também era muito usada naqueles tempos e todos os doces eram feitos com o mel colhido nas árvores. Quando chegaram as galinhas e porcos trazidos pelos portugueses, o cardápio ficou mais variado. E apetitoso, como a mistura de frango com quiabo, perfeita tradução da hospitalidade mineira.

Mineiridades - Qualidade e sabor fazem a cachaça de Salinas ganhar fama internacional

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Domingo, 28 setembro 2008

Mineiridades - Pedra-sabão vira arte nas mãos de artesãos mineiros

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Domingo, 21 setembro 2008


Paulo Henrique Lobato - Estado de Minas




Mineral que fez de Aleijadinho, o maior expoente do barroco brasileiro, continua sendo fonte de criação de artistas, anônimos ou não, dos rincões de Minas Gerais

Ouro Preto - A pedra-sabão, que fez de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730/1814), o maior expoente do barroco brasileiro, também deu a Santa Rita de Ouro Preto, distrito da cidade-berço da Inconfidência Mineira, a 130 quilômetros de Belo Horizonte, o título de capital nacional da matéria-prima, cientificamente batizada de esteatita. Quase três séculos depois, as jazidas da região são a principal fonte de renda de boa parte dos moradores, que encantam turistas, principalmente estrangeiros, com as belas esculturas que retratam o rosto de Jesus e de vários santos, mas também figuras abstratas e objetos usados no dia-a-dia: jarros, panelas, fôrmas para pizza, porta-copos etc.

“A pedra-sabão é o coração de Santa Rita de Ouro Preto”, resume Reginaldo Rosa Guimarães, de 45 anos, que aprendeu o ofício, como a maioria dos artesãos da comunidade, ainda criança. “Nunca mexi com outra coisa. Assim, criei meus dois filhos.” Na oficina instalada atrás de sua casa, consegue o ganha-pão da família com a ajuda da mulher, dona Francisca Martins, de 44. Ela recorda que o primeiro contato com a matéria-prima ocorreu quando menina-moça. Hoje, experiente, leva pouco tempo para lapidar a rocha bruta. Em minutos, as ágeis mãos fazem esculturas que homenageiam São Francisco e outros discípulos de Deus. Mas seu maior prazer é dar forma a miniaturas do Cristo Redentor.

E, não por acaso, o Cristo original, imponente no alto do Corcovado, no Rio de Janeiro, também abençoa o distrito da cidade histórica, pois a imensa estátua, eleita uma das novas maravilhas do mundo, em 2007, é revestida com pastilhas de pedra-sabão de Santa Rita de Ouro Preto. “Na década de 1990, quando pedaços dele começaram a cair, foi feita a restauração. E as pastilhas de pedra-sabão foram buscadas em Santa Rita”, explica Flávio Orsini Nunes de Lima, proprietário da OPPS Mineração, empresa que participou da obra e que exporta peças produzidas no lugarejo para vários países da Europa e para os Estados Unidos.


Algumas obras enviadas ao mercado externo foram assinadas por Rulilber Moreira Ferreira, de 37, que aprendeu a arte com o pai. “Ele, falecido, é minha referência. Muitos de meus trabalhos foram parar na Itália, na França, em Portugal…”, conta, orgulhoso, o artesão. Em 2006, o rapaz ganhou o primeiro lugar no concurso da Festa da Pedra-Sabão, realizada no próprio distrito. De lá para cá, fez muitas peças. Várias são abstratas, como as que ele batizou de Laços da Amizade. Expostas na entrada de sua casa, são um atrativo para que os turistas conheçam seu atelier.


O pequeno cômodo não guarda apenas obras inspiradas em sua imaginação. Também há imagens de santos. Aliás, a religiosidade é marca registrada do lugarejo que, até 1938, era conhecido como Santa Rita de Cássia. O nome mudou, mas a fé continua forte no distrito fundado no início do século 18 por bandeirantes que chegaram à região percorrendo o leito do Ribeirão Falcão atrás de jazidas de ouro. Hoje, o distrito é o segundo mais populoso de Ouro Preto, com cerca de 5 mil moradores. Um deles é o extrovertido José Campos, de 55, que ganha por mês cerca de R$ 600 com as peças que produz.

Ele também aprendeu a manusear a rocha bruta com o pai. “Ele me ensinou e eu ensinei aos meus filhos. Criei todos os cinco com o dinheiro que a pedra-sabão me deu. Por diversas vezes, virei noite trabalhando”, recorda, enquanto admira, da janela de sua pequena casa, as peças que levam sua assinatura. Vizinho de seu Zé Campos, como os amigos o chamam, o artesão Cláudio Cunha, de 41, mais conhecido como Claudinho Pedra-Sabão, recebe muitos compradores de São Paulo e do estrangeiro. Os artesãos mais antigos explicam que a pedra-sabão pode ser macia – por isso também é conhecida por pedra-talco – ou mais resistente. Aleijadinho usou, principalmente, a segunda. Foi com ela que ele criou, por exemplo, os famosos profetas de Congonhas. A pedra-sabão é uma rocha compacta, composta de talco (também chamado de esteatite) e outros minerais, como magnezita, tremolita e quartzo. Não é muito dura, por causa da grande quantidade de talco. É encontrada em cores que vão do cinza ao verde. Dá a sensação de ser oleosa ou saponácea, derivando-se daí o nome de pedra-sabão. Os maiores depósito estão em Minas Gerais.





SANTA RITA DE OURO PRETO
Distrito de Ouro Preto

População:
Cerca de 5 mil moradores

Fundação: Distrito criado em 1938
Distância de BH: 130 quilômetros
Distância de Ouro Preto: 30 quilômetros







1 - Grandes blocos da pedra bruta chegam às casas dos moradores e precisam ser lavrados. O artesão Jesus Gerônimo Guimarães, de 38 anos, não mede forças para lavrar a matéria-prima com o velho machado. Além da força, ele precisa de muita técnica, pois o corte precisa ser bem rente

2 - Depois de cortar os blocos em pequenos pedaços que serão transformados em cinzeiros, copos e outros objetos, o artesão cola a pedra-sabão numa base de ferro. Para isso, usa massa plástica, que demora cerca de 45 minutos para secar





3 - O pedaço de pedra-sabão preso pela massa plástica começa a ganhar forma num torno. São cerca de cinco minutos manuseando a ferramenta. É preciso agilidade e muita técnica para não quebrar a escorregadia matéria-prima

4 - O artesão usa três tipos de lixa para retirar a camada grossa da peça recém-criada. “A de número 50 retira todo o ‘rústico’ da pedra. Em seguida uso a 100, que tira a camada grossa. Por fim, a 400, que dá o acabamento”, conta Guimarães, que, como a maioria, aprendeu o ofício ainda jovem





Fotos: Jackson Romanelli/EM/D.A Press
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Mineiridades - EM vai mostrar o talento artístico de Minas Gerais

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Sábado 20 de setembro de 2008


Das mãos dos mineiros nascem obras que encantam o mundo inteiro. A imaginação do povo das Minas Gerais viaja pelas pedras, pelo barro, pelo cobre, num movimento sem limite de tempo e de espaço. A criatividade de nossa gente brota do nada para criar bens materiais e imateriais. São coisas que seduzem os cinco sentidos e não devem ser apenas lembradas nas páginas dos jornais e dos livros, na tela da TV ou do computador, mas destacadas sempre e imortalizadas na memória. E essa é mais uma proposta do jornal Estado de Minas. A arte de trabalhar a pedra-sabão abre a série. .

Foto: Marcos Michelin/EM - 5/3/2008
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Domingo, dia 21 setembro 2008, o EM começa a publicar, na contracapa do caderno Gerais, a série Mineiridades, com personagens, histórias e imagens selecionadas, algumas das criações e produtos, que, ao lado das belezas naturais e de outras manifestações artísticas, fazem dessas terras uma grande atração turística. Tesouros de cores, formas e sabores singulares, que voam mundo afora e revelam a alma de homens e mulheres, inventam e recriam o que vem do subsolo, das várzeas, do cerrado, dos rios ou da mata atlântica, das montanhas ou dos vales verdes e férteis.



O queijo, patrimônio material; a cachaça, que alcançou fama internacional; a pedra-sabão, há séculos trabalhada por mãos talhadas para a imortalidade; produtos de couro e o artesanato de argila. O EM faz uma busca, pelos recantos do estado, para mostrar ao mundo, mais uma vez, que o coração mineiro não dorme sobre a sua história e nem espera que alguém venha lhe dizer das suas riquezas. Na estréia, domingo, a estrela é a pedra-sabão e como ela é importante para a auto-estima e sobrevivência de uma comunidade.

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sábado, 24 de maio de 2008

Show do CD "um Branquinho e um violão"

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Heitor Branquinho convida para o Show de

Lançamento do CD "um Branquinho e um violão"

Local: Centro Cultural Milton Nascimento - Três Pontas - MG

Dia: 24 de maio de 2008

Hora: 21h

Ingressos à R$5,00 na Casa da Cultura

CD à venda no dia do show com preço promocional: R$10,00


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Heitor Branquinho, DJ Marcelinho da Lua e Milton Nascimento - O que Vale É o Nosso Amor - Remix

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Música no podcast: “O que Vale É o Nosso Amor”- Remix, de Heitor Branquinho, DJ Marcelinho da Lua e Milton Nascimento.











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Video: Heitor Branquinho - um Branquinho e um violão
Show
de gravação do projeto "um Branquinho e um violão", do músico mineiro Heitor Branquinho, com participação especial de Milton Nascimento.
Direção: Milton Lima (Agência imagi)
Co-produzido por: Tamago Audiovisual/SP
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sexta-feira, 23 de maio de 2008

Show do CD "um Branquinho e um violão"

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Heitor Branquinho convida para o Show de

Lançamento do CD "um Branquinho e um violão"

Local: Centro Cultural Milton Nascimento - Três Pontas - MG

Dia: 24 de maio de 2008

Hora: 21h

Ingressos à R$5,00 na Casa da Cultura

CD à venda no dia do show com preço promocional: R$10,00



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Heitor Branquinho, DJ Marcelinho da Lua e Milton Nascimento - O que Vale É o Nosso Amor - Remix

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Música no podcast: “O que Vale É o Nosso Amor”- Remix, de Heitor Branquinho, DJ Marcelinho da Lua e Milton Nascimento.
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Video:
Heitor Branquinho - um Branquinho e um violão
Show de gravação do projeto "um Branquinho e um violão", do músico mineiro Heitor Branquinho, com participação especial de Milton Nascimento.Direção: Milton Lima (Agência imagi)
Co-produzido por: Tamago Audiovisual/SP
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sexta-feira, 16 de maio de 2008

Queijo de Minas vira patrimônio cultural brasileiro

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Qui, 15 maio, 7h15

Belo Horizonte - O patrimônio cultural brasileiro ficou ainda mais rico e um 'bucadim' mais saboroso.


O modo artesanal da fabricação do queijo em Minas Gerais a partir do leite cru foi registrado hoje, 15 maio, como patrimônio cultural imaterial brasileiro, por aclamação, pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O veredicto foi dado em reunião do conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte, administrado pela conselheira do Iphan, Angela Gutierrez. A anfitriã foi também a relatora do processo de registro desse que se tornou o 13º bem imaterial do Brasil, junto ao ofício das baianas do acarajé e o modo de fazer viola de cocho. "O queijo, este produto de origem milenar que os exploradores do ouro trouxeram para Minas é hoje uma das maiores expressões da chamada mineiridade", argumenta Angela Gutierrez em seu parecer.
"Seja como alimento ou como manifestação cultural, está presente no cotidiano e no imaginário de todos os mineiros. Esse saber, do modo de produção queijeira, passado de pai para filho, de geração a geração, este conhecimento garantiu ao longo dos séculos a sustentabilidade das famílias, asim como representa também ajuda imprescindível à economia familiar".

Luiz Fernando de Almeida, presidente do Iphan e do conselho, ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do queijo está "inserida na cultura do que é ser mineiro". Após a aprovação, a próxima etapa será a homologação pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil.

"Esse saber é muito importante para a valorização dos produtores. Desde a época da mineração na região, eles detêm esse saber que os identifica. É um patrimônio do Brasil", diz a historiadora Ana Lúcia de Abreu Gomes, 40, técnica de registro do órgão(Iphan).

O pedido ao Iphan partiu de uma demanda dos próprios produtores artesanais, em 2001, quando foram obrigados a se enquadrarem na legislação sanitária. A exigência da pasteurização se confrontava com a tradição secular do queijo produzido com leite cru. Os produtores sempre argumentaram que a ausência dos chamados fermentos naturais alterava o sabor do produto. O movimento nasceu como resistência à propaganda de que o queijo artesanal faria mal à saúde e que sua produção deveria ser proibida. As associações se uniram numa luta contra a legislação restritiva e a favor da qualidade do produto.
Na época, as associações de queijeiros e o governo mineiro chegaram a um acordo, adotando padrões sanitários tanto para a criação do rebanho quanto para a higiene de sua produção.



Há um ano, os produtores aguardavam uma definição do instituto, cuja proposta foi publicada no Diário Oficial da União de 20 de abril de 2007. Segundo a historiadora Ana Lúcia Gomes, os produtores do queijo Minas alegam que a peculiaridade do processo começa com a qualidade do capim consumido pelo gado nas regiões do Serro, da Serra da Canastra e do Salitre que dá um gosto diferente ao produto.


A temperatura, o coalho, o fermento e o "pingo" também são fatores que os produtores importantes para que o queijo seja considerado patrimônio imaterial. Ana Lúcia Gomes explica que depois que é feita a mistura, o queijeiro espera o líquido coagular para colocá-los em formas envolto em panos, ou não, dependendo da região. Em seguida vem o processo de prensa e cura.

"É um processo teoricamente bem simples, mas é feito a partir do leite cru, por isso de modo artesanal", disse. O pingo, o soro que o queijo libera na primeira noite, é adicionado para manter as características originais do produto pois a substância contém elementos que identificam o relevo, o clima e a vegetação da região e por isso é considerado o DNA do queijo. É o "pingo" que dá identidade ao queijo, sabor, textura e cor que diferencia um do Serro de um da Canastra; um de Araxá de um do Alto Paranaíba/Cerrado -microrregiões tradicionais e demarcadas pela Emater-MG(Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural).
No Serro, o queijo é menor, consumido mais fresco, tem maior acidez, coloração mais clara e consistência macia. Na Canastra, é maior e amarelado, além de ser consumido mais maturado. O do Alto Paranaíba/Cerrado e o de Araxá são parecidos com o da Canastra, porém mais suaves.

O queijo Minas é produzido de forma artesanal desde a época da mineração, no Século XVIII, feito à base de leite cru e fermento natural. É uma herança da cultura colonial mineira, tradição de mais de 300 anos que agora passa a ser considerada patrimônio nacional. A técnica foi trazida das regiões serranas de Portugal, principalmente da Serra da Estrela. O mais antigo do Estado é o queijo da Canastra, fabricado há mais de 200 anos que guarda semelhanças com o queijo portugues da Serra da Estrela.

O relevo das serras de Minas foi fundamental para a produção, já que a topografia não permitia aos exploradores da época a criação de gado para corte na região e também o comércio leiteiro.
"O leite quando chegava nas planícies já chegava talhado. Então, o produtor da região sempre alega que a região convida a fazer queijo", disse a historiadora.


A fabricação de queijo é uma tradição diária nas regiões produtoras. Apenas na sexta-feira da Semana Santa ele não é feito, quando o leite é distribuído na vizinhança e destinado ao doce de leite e às quitandas.

Par perfeito em Romeu & Julieta e ingrediente indispensável do delicioso pão de queijo, o Minas corresponde a 50% da produção nacional, segundo a Associação Brasileira de Indústrias de Queijo (ABIQ). Frescal, Minas, do Serro e o da Canastra são os principais tipos fabricados no Estado. O produto é expressivo no PIB do agronegócio mineiro. Somente na região da Serra da Canastra, cerca de 1.100 produtores fazem, em média, 70 toneladas semanais, considerado o melhor para o preparo do pão-de-queijo.




O Iphan inventariou as regiões da cidade histórica do Serro, a Serra da Canastra e Serra do Salitre, onde predominam fazendas que mantêm a tradição do artesanal queijo mineiro. O inventário identificou os principais produtores artesanais da região, reuniu acervo audiovisual e escrito sobre a prática e catalogou as etapas de fabricação daquele tipo de queijo feito com leite cru.
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A metodologia desenvolvida pelo Iphan para a identificação e catalogação desses bens imateriais é o Inventário Nacional de Referências Culturais – INRC. Com o INRC é possível documentar aspectos da vida social que podem ser considerados referências de identidade para um grupo ou uma comunidade. Ele reúne uma série de materiais multimídia que catalogam as práticas da cultura estudada. O INRC destaca a forma tradicional de se fazer queijo em quatro regiões do estado: Serro, no nordeste; Serra da Canastra, na região central; Salitre/Alto Parnaíba, ou Serra do Oeste; e Araxá, no Triângulo Mineiro.

O objetivo do processo é, além de fazer o registro histórico desse modo de produção, fomentar a sua atividade e o seu desenvolvimento econômico. Para isso, irão se desenvolver políticas de promoção, como incentivo à pesquisa e à associatividade, além da criação de estratégias de divulgação.

O pedido de registro imaterial foi entregue ao Iphan pela Secretaria de Cultura de Minas, em conjunto com a Associação de Amigos do Serro.
O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) já havia reconhecido, em 2002, a técnica de fabricação do queijo como patrimônio imaterial.


A técnica do Iphan acredita que, embora não seja o objetivo principal, os produtores esperam agregar valor ao queijo Minas, de modo a transformá-lo em um produto exportável.

De acordo com o Iphan, a partir do registro, o instituto irá apoiar a comunidade na elaboração de uma política de incentivo da tradicional prática. A expectativa é que as ações de salvaguarda da cultura queijeira envolvam projetos de educação patrimonial e qualificação profissional dos atores envolvidos. Conforme a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), o Estado produz mais de 26 mil toneladas somente de queijo artesanal por ano.


Fonte : Agência Brasil/Agência Estado/Iphan
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Fotos:
(acima 1) -> Queijo do Serro, na cidade de Sêrro, MG. Foto by Elmer Ferreira de Almeida.
(acima 2) -> No Centro-Oeste de MG, o famoso queijo tipo canastra é produzido por quase 5 mil pessoas. Foto by Marcelo Sant'Anna/EM/D.A. Press.
(meio 1) -> Foto by pesquisa na internet.
(meio 2) -> Queijos artesanais da Serra da Canastra,
feitos na queijaria de João Carlos Leite.
Foto by: Janaina Fidalgo/Folha Imag.

(ao lado, em cima) -> Queijo Minas Padrão;
(ao lado, embaixo) -> Queijo Minas Frescal.
Fotos by Queijos no Brasil


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Videos:
video 1 -> o queijo, patrimônio cultural de Minas e do Brasil
video 2 -> Queijo do Serro de Minas - técnica de fabricação.
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sexta-feira, 9 de maio de 2008

“um Branquinho e um Violão”, de Heitor Branquinho!

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“um Branquinho e um Violão” é o mais novo trabalho do jovem mineiro de Três Pontas, Heitor Branquinho (24).

O título deste novo projeto é uma referência ao formato do show gravado ao vivo em sua cidade natal, no “Museu do Café”, no Hotel Fazenda Pedra Negra, acompanhado apenas por seu violão.

Neste trabalho interpreta 16 composições próprias – letras e músicas – que exploram temas como o amor em diversas situações, a amizade e o cotidiano. Conta com a participação especial do amigo e conterrâneo Milton Nascimento na canção “Amigo”, tocando sua tradicional sanfoninha de 8 baixos e em “O que Vale É o Nosso Amor”, em um belíssimo dueto vocal.

O CD trás ainda como faixa bônus, um remix drum`n`bass da música “O que Vale É o Nosso Amor”, produzido pelo DJ carioca Marcelinho da Lua.

Apresenta uma identidade própria, passeando por ritmos como o samba, choro, afoxé e balada, sonoridade que se encaixa bem na diversidade da música brasileira, além de harmonias e melodias influenciadas pelo som do “Clube da Esquina”. O lançamento será em 24 maio de 2008.


Heitor Branquinho
Show de Lançamento do CD "um Branquinho e um violão"
Local: Centro Cultural Milton Nascimento - Três Pontas - MG
Dia: 24 de maio de 2008
Hora: 21h
Ingressos à R$5,00 na Casa da Cultura
CD à venda no dia do show com preço promocional: R$10,00
www.heitorbranquinho.com.br
http://www.myspace.com/heitorbranquinho
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Heitor Branquinho e Milton Nascimento - O que Vale É o Nosso Amor


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Fotos:
(acima) -> capa do CD "um Branquinho e um Violão".
Foto by Milton Lima.
(ao lado) -> gravação do CD, com Milton Nascimento, no Museu do Café, em Três Pontas, MG.
Foto by Vanessa Campos/Studio Imagem.


Museu do Café

Entrevista sobre a gravação do CD "um Branquinho e um Violão"

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Música no
podcast: “O que Vale É o Nosso Amor”, de Heitor Branquinho, em um belíssimo dueto vocal com Milton Nascimento. Linda!...
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Video: Heitor Branquinho - um Branquinho e um violão
Show de gravação do projeto "um Branquinho e um violão", do músico mineiro Heitor Branquinho, com participação especial de Milton Nascimento.
Direção: Milton Lima (Agência imagi)

Co-produzido por: Tamago Audiovisual/SP
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sexta-feira, 14 de março de 2008

'MARIA, MARIA'

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Milton Nascimento & Fernando Brant

Maria, Maria é um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas agüenta

Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria mistura a dor e a alegria

Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz a fé nessa marca
Possui a estranha mania de ter fé na vida

Mas é preciso ter força...
Mas é preciso ter manha...
Ah-Eh / Ah-Eh-Ah-Ah-Eh...

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Música no
podcast: 'Maria, Maria', de Milton Nascimento e Fernando Brant.
Gravação do CD 'Clube da Esquina II'. 1972, EMI.

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Esta é minha homenagem mineira ao Dia da Mulher - 08 março!


Beijos a todas as mulheres!

Maria Valéria.
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Foto (acima): A "Boneca em Cerâmica", peça da artesã Isabel Mendes da Cunha, do Vale do Jequitinhonha (MG), que retrata uma mãe amamentando o filho, foi a peça vencedora do prêmio Unesco de Artesanato, na 7ª edição do prêmio Unesco de Artesanato para América Latina e Caribe. Foto by Fábio di Castro.

Cerâmica do Vale do Jequitinhonha – MG

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MULHER MINEIRA


Recebi este texto via e-mail, de meu amigo Sérgio, um carioca que adora mineiras - para ele, elas são as melhores! Ele desconhecia a autoria do texto, mas, pesquisando na net, descobri que o o autor é mineirim tb, Eder Souza Ferreira de Sá. Valeu, Eder!

Adorei o texto, me diverti muito ao ler, e dedico às mulheres do Brasil, em especial às minhas conterrâneas, as mineiras!

Para escutar, postei 'Maria, Maria!', de Milton Nascimento - o Bituca. (para ouvir é só clicar no podcast)


MULHER MINEIRA


"Gostaria muito de poder encontrar palavras para poder dizer do orgulho que sinto de ser mineiro. Meus pais não poderiam me dar um presente melhor. Se existir uma outra vida, quero nascer mineiro de novo. Mas tem uma coisa melhor que eu gosto mais do que ser mineiro: é namorar as mineiras.


Mineira não usa perfume e cheira gostoso demais. O jeito irresistível que a mineira tem para conversar no portão, sem encarar nos olhos e mexendo com os botões da nossa camisa é que nos conquista. Essa sabedoria não se aprende em nenhuma universidade.

Joaquim da Mata, o Velho Quincas, filósofo dos cafundós de Minas, quando compara o jeito de ser de uma mineira com o de outra mulher, afirma que a "deferença" está no preparo. O "caldinho" que envolve a mineira e dá a ela este jeitinho tão gostoso foi preparado em panela de ferro num fogão à lenha.

Mineira não mente, conta lorota. Não menstrua, fica úmida. Não paquera, espia. Não fica bonita, já nasce formosa. Mineira não curte um som, ouve música. Não fala, proseia. Mineira não come estrogonofe, mas adora um picadinho de carne. Não faz crediário, compra fiado. Mineira não transa, faz amor. Não fica pelada, mostra as "vergonhas". Não erra, comete engano. Mineira não chupa cana, toma garapa na beira do engenho. Não liga pra ninguém, mas telefona pra todo mundo. Mineira não trai marido, escorrega na rua.

Mineira ama diferente. Flerta de longe, promete com o olhar e cumpre tudo o que não precisou esclarecer com palavras. Ela sabe que amor não é para discursar, é pra fazer. Ama com os olhos, com as mãos, com o sorriso, com os gestos. Mineira ama com o corpo inteiro e com toda a sofreguidão da alma.

Conheci muitos tipos de brasileiras. Faceiras, trigueiras, formosas, irresistíveis, loiras, morenas, mulatas, cafuzas, todas bonitas, mas só as mineiras têm essa brejeirice, essa paciência de construir sem pressa uma teia de aconchegos e mimos e lembranças e sorrisos, que nós das Gerais tanto apreciamos.

Existem coisas que já nascem com a mulher e muitas destas coisas estão diretamente ligadas ao lugar. Mineira faz doce como ninguém neste país. Quem já provo
u doce de cidra ou de leite feito por mineira, sabe o que é bom. Goiabada e marmelada, nem se fala. Queijo então é até pecado comparar.

Mineira estuda menos e ensina mais porque o que há de melhor ela já nasceu sabendo. Isso se deve à simplicidade das mineiras que se embelezam com bijuterias e ofuscam o brilho de jóias raras. Mineira se veste de chita e fica bonita, porque mineira não segue, mas faz moda. Mineira não usa tênis, enfeita as alpercatas. Mineira vai à igreja, assiste missa, comunga, mas por via das dúvidas toma um passe de candomblé e joga rosas vermelhas pra Iemanjá. Assim descobre caminhos que levam à Deus. Também faz política, porque sempre sabe distinguir o certo do errado. Escondida por trás da simplicidade de toda mineira está uma guerreira pronta pra lutar pelo Brasil.

Dizem mesmo nas Gerais que é a mulher quem ensina o homem a ficar rico. Mineira não é feminista: é feminina. Pra que lutar contra os homens, se todo o poder está mesmo em suas mãos? Mulher, quando casa com homem rico, vira madame. Mineira vira esposa."



Espero que tenham gostado tanto quanto eu, e, tem tudo a ver com o meu blog!

E como diz a letra da música folk: "QUEM TE CONHECE NÃO ESQUECE JAMAIS, OH MINAS GERAIS!!!"

Beijos,


Maria Valéria.
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Fotos (acima e ao lado): 'Bonecas' de Dona Isabel (Isabel Mendes da Cunha) (1924), que é certamente a mais famosa artesã que trabalha com barro no Vale do Jequitinhonha. Exerce o seu ofício, "mexe com o barro", possui um saber ancestral obtido de seus antepassados indígenas, cresceu vendo a mãe trabalhar no pequeno vilarejo de Santana do Araçuaí no Município de Ponto dos Volantes.








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Música no podcast: 'Maria, Maria', de Milton Nascimento.
É a versão do CD 'A Barca dos Amantes', ao vivo.
Com o Nico Assumpção no baixo... linda! 1986, Barclay/Polygram.
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